terça-feira, 11 de novembro de 2008




Anjo Ferido

Coração marcado pela guerra.
Sulcos traçados pelo destino atroz.
Corpo de homem,
alma de menino.

Faz-se anjo sem asas,
perecendo, chorando...

Em um amor puro e moribundo,
o seu deus procura.
No Amor.
A “cidade dos segredos”.
Do medo.
A crueldade e insensibilidade tornam vão
O supremo sacrifício.
Tão frágil suicídio.

Alma retalhada
numa paixão ausente,
amarga.
Nos beijos já esquecidos,
levados pelo vento.
Na tez embranquecida
de um vil poder, ceifante.

Ecos da justiça esquecidos.
Pisado o coração suado e santo,
nesta “guerra religiosa”,
onde os anjos sempre morrem...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008




Tudo pra te fazer sorrir

Enquanto eu viver, 
quero caminhar descalço... 
Sentir a terra. 
Respirar
Sofrer! 
Provar um gole do néctar do amor. 
Estar junto dos poucos amigos que tenho... 
Enquanto eu viver, 
Vou observar o espetáculo. 
que é o nascer do sol, 
e lutar para que você seja feliz. 
E mostre o seu melhor sorriso, 
Sincero! Que você guarda ai dentro. 
Pra mostrar que você é feliz, 
por existir... 
E por mais triste que esteja, 
dentro de você. 
Existe um paraíso, 
que é a imaginação e o coração. 
E você tem o privilegio, 
pelo simples fato. 
De acordar nesta manhã. 
buscando maneiras de ser feliz, 
e manter sua mente sã. 
Enquanto eu viver... 
Lutarei para a esperança, 
de um dia melhor acontecer! 

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Essa parte da música não para de rodar na minha cabeça...
Às vezes quero crer mas não consigo  É tudo uma total insensatez  Aí pergunto a Deus: escute, amigo  Se foi pra desfazer, por que é que fez?  Mas não tem nada, não  Tenho o meu violão

Cotidiano No. 2

(Vinicius De Moraes / Toquinho)

domingo, 2 de novembro de 2008

vazio como o olhar que nos separa...




Um poema pode ser vazio?
Vazio?
Sim! Vazio de nada!
Não apenas sem nada, mas sem sentido
Não só feito de palavras sem nexo
Não somente obsceno
Sem estilo nem rima
Sem estima nem auto estima
Sem amor ou ódio
Sem ideia nem sentir
Mesmo que faça sorrir

Poderá uma folha de papel em branco ser um poema?
Seja ela pequenina como mortalha de cigarro
Ou grande como lençol?
De brancura imaculada
Sem nódoas de nicotina
Ou manchas de sangue e dor?

Não!
Um poema nunca será vazio!
Desde que alguém o leia!
Mesmo se for uma mera folha de papel em branco